EU NÃO VI NADA-MAS VOU VER MUITA COISA AINDA

Olá!!!

Recentemente vi pela tevê, a reportagem de uma senhora que foi roubada dentro de uma delegacia do interior de São Paulo.

Ser roubado, não é novidade, pois já existem pessoas que tanto sofreram desse mal, que acredito que até vai oferecer referencias ao ladrão, para que este possa se aposentar por tempo de serviço, mas o que deixam todos pasmos, é o fato de ser justamente dentro de uma instituição que no mínimo deveria oferecer um pouco de segurança ao cidadão, mas existe exceções, como foi dito pelo delegado, que afirmou de que seus policiais acharam que era briga de marido e  mulher.

Então, se a moda pega será o máximo você machão que tem o saco arrastando no chão de raiva de sua amada, leva-la a delegacia e arrebenta-la no meio, pois pode acreditar, lá você está protegido para fazer o que quiser, eles não vão te importunar, pois lá você está imune a lei Maria da Penha, então separe um dia e leve sua esposa para esse passeio.

Amigos, o que mais nos irrita, é o fato de que todo e qualquer servidor público, com raras exceções, tem a convicção de que são autoridades, e não precisa enxergar um palmo se quer, na frente de seu nariz.

Quer um exemplo?, dê uma passadinha em qualquer órgão, pode ser prefeitura, INSS, delegacia, ou outro de sua preferência, que você vai sentir, como se tivesse em uma festa em que não foi convidado, não entendeu? vou lhe dar que vai acontecer com você:

1º- O atendente vai demorar mais ou menos 10 minutos ou mais para olhar em sua cara.     

2º- Após o contato visual, ele vai fazer de conta que não te viu.

3º- Depois da segunda olhada, ele vai lhe indagar, apenas mexendo a cabeça, como se tivesse lhe chamando para uma briga, para depois lhe perguntar o que você quer.

4º- No caso de ele lhe atender, ele nunca vai poder resolver seu problema, pois ele vai lhe dizer sempre a mesma frase “não posso lhe ajudar”.

5º Por favor, eu lhe recomendo, não fique nervoso, pois é lei, e se ele se sentir ofendido você responderá por desacato a autoridade, então aceite o seu não e volte para casa, e curta seu dia perdido com esses órgãos e seus servidores.

Não é de se estranhar a atitude desses profissionais, visto quê, não existe nenhum preparo em lidar com o público, e muito menos premiação para tal comportamento, então esqueça de pensar que um dia você será  bem atendido pelos mesmos.

Como disse em alguns posts atrás, vivemos ainda em um país paternalistas, onde os verdadeiramente protegidos, são poucos, e a maioria que realmente necessita de proteção, ou qualquer benefício, não, passam de números para estatísticas.

Olhe nos jornais, “aumento de 40% o número de homicídios em relação ao ano passado”, “mais um foi atingido por bala perdida”, ps. a bala não estava perdida, perdido estava a pessoa que foi atingida.

Fazemos parte de apenas números, pois como cidadãos, ninguém vê, ou fazem de conta que não, e por isso que a reportagem foi de grande repercussão, pois foi a primeira vez que aconteceu, e pode ter a certeza de que não será a última.

Falando em números, posso afirmar, que até mesmo no momento em que a raça perniciosa da sociedade denominada de políticos, em que na época de eleições, também nos tratam assim, mas de maneira muito mais preciosa, até que acabe o pleito, pois depois você é apenas mais um que votou, a favor ou contra.

Isso me faz lembrar de um candidato a vereador daqui de minha cidade, que quando eu estudava medicina na Bolívia, e estando de férias aqui nessa terra, ele  pediu o voto, e eu disse que votaria nele se ele me pagasse a passagem de avião da Bolívia até aqui, junto com minha ex-mulher, para então  poder-mos votar nele, sua resposta foi categórica: “não preciso do seu voto”, eu disse quem sabe.

Passadas as eleições, quando eu o reencontrei, ele já logo foi me xingando dizendo que eu fiz mal agouro de sua candidatura, pois ele perdeu por 4 votos, o meu o da minha ex, e dos dois cabos eleitorais dele que esqueceram de votar, e foram lembrar só depois das 17h do dia do pleito.

Agora eu tenho a plena certeza de que ele aprendeu a também a valorizar o ser humano, não somente como números, mas sim como cidadão, visto que hoje ele é um excelente administrador público fazendo parte de uma minoria dos políticos que temos  por esse Brasil afora.

E para terminar, posso lhe afirmar de que toda a culpa do mal atendimento, da recusa, da omissão, e da má vontade do atendimento desses servidores públicos, é nossa pois em todos os órgãos existe um fone de ouvidoria que você pode reclamar e criticar, e tenho a certeza de que a maioria desses telefones fazem muito tempo que não toca, e se tocar bastante, aí sim eles vão dar valores aos números e começar a respeitar o cidadão de bem.

Pense nisso!!!