Olá!!!
Após ler essa história, tente fechar os olhos e colocar-se em ambos dos personagens.
A vingança.
Tenho um amigo cujo apelido é de Baca, talvez pelo de ele ser babaca mesmo. Amigo este de boa aparência física e desprovido de um tanto de inteligência.
Baca, é um rapaz amante da boemia e dos prazeres noturnos que a vida oferece, principalmente se tratando de amor pago, ou seja, ele adora as mariposas, ou mulheres de vida fácil, que não é tão fácil assim. Ele vive perambulando de bar em bar, sendo que isso me faz lembrar aquela musica interpretada por Emilio Santiago (Ronda), mas ele nunca voltava para casa abatido, sempre contente, e as vezes muito nervoso, isso quando a caçada não produzia seus frutos.
Os horários para ele, não era o problema, mas o grande dilema estava no mau humor de sua esposa, cada vez que ele chegava as 3 ou 4 horas da manhã, pedindo a ela que requentasse a janta, pois ele voltava faminto.
Suas aventuras pelas alcovas, proporcionadas pelas mariposas do amor, estavam virando quase como rotina, já que ele as procuravam diariamente, sempre variando de cor, peso idade e raça, ele não importava, ele era um trator sexual, menos com sua amada.
Mas suas aventuras começaram a ficar muito sérias, e como um vício, começou a freqüentar as casas de luz vermelhas também a luz do dia.
Ele era muito admirado por outros senhores freqüentadores do recinto, e muito bem quisto pelas mulheres, já que não importava a beleza delas, bastavam ter o par de cromossomos XX (feminino), que ele caia em cima, e isso as alegravam muito, pois as feias sempre estavam em promoção, e davam um bom desconto para o prazer do Baca.
Sua mulher que não suportando 21 anos de casamento, e sempre pedindo para que ele largasse essa vida de boêmio, mas sempre era em vão seus pedidos.
Ela a esposa, era uma esposa, com idade 39 anos, casada muito cedo, que poderíamos a chamar de Amélia (mulher de verdade), dotada de uma beleza simples, que despertava os mais profanos desejos de qualquer mortal, menos do maridão, que fazia anos que não a procurava, e querendo mudar a situação ela resolveu lutar pelo amado.
Estando o Baca, certa tarde em um desmanche (zona onde só tem mulé feia e bebida quente), bebendo tranquilamente seu gorosinho na companhia de amigos e de uma mariposa de aparência duvidosa, sendo que esta estava em pé de frente ao Baca, e ele sentado em uma banqueta de fronte ao balcão de bebidas, com as mãos entrelaçadas na cintura da mariposa, negociando o valor da empreitada amorosa, pois ela apesar de ter uma aparência de traíra ressecada, não queria abaixar o preço.
Conversa vai, beijinhos no cangote vem, e eis que todos ali presentes, voltaram-se para a porta, menos o Baca, para ver quem de tão perfumada estava entrando no recinto.
Cabelos negros encaracolados, olhos verdes como duas gemas de esmeraldas, mini-saia preta colada ao corpo, que insinuava a perfeita silhueta de pernas e quadris, um rosto angelical, com lábios carnudos carregados com um batom vermelho cintilante, contrapondo a beleza da inocência de seu rosto perfeitamente desenhado.
Houve um silêncio digno de biblioteca vazia, todos estupefatos pela diva, ficaram imóveis por tanta beleza, menos o Baca, pois ele estava quase conseguindo a barganha do preço, e não queria provocar ciúmes em sua amante de 15 minutos, e por isso ele nem olhou a porta.
Então aquela mulher incorporada de Afrodite, conclamou aos demais, com uma linguagem formal, que somente as mariposas mais experientes possuem.
-“Hoje estou afim de extravasar e quero me divertir, –tem algum macho aí que pode me pagar uma bebida?”
A maioria do bar se levantou para lhe oferecer um trago, e foi ai que o Baca percebeu de que aquela voz lhe era familiar, e virando-se para traz, viu que era sua esposa.
Sua vida inteira passou diante de seus olhos, como se estivesse no leito de morte, sentimentos de horror e medo passavam por sua cabeça, não sentia mais os pés no chão, sua boca ficou seca e as palavras não saíam, ele não conseguia sequer se mover, já que estava de braços dados com sua mariposa.
Ele apenas a olhava, e o olhar dela sobre ele, era de completo domínio de toda a situação, e ela realmente o tinha.
Desfeito o primeiro susto, primeiro susto eu disse, ele logo vociferou, –“mulher o que você está fazendo aqui?, pelo amor de Deus?” berrou em um tom meio sem autoridade e totalmente sem graça.
-“Estou aqui para me divertir, como não faço a anos”, retrucou, e ele já composto do susto berrou, - “você vai pra casa agora!!!”, e ela com a maior frieza do mundo, saca uma arma de calibre 22 de sua bolsa, apontando para o marido, e para o espanto e assombro de todos, decreta, –“quem vai embora é você, pois já disse que hoje é meu dia, não concordam cavalheiros?” dizendo aos demais presentes.
Todos os que estavam no balcão, de pronto concordavam com ela, e alguns foram saindo de fininho, pois tinham medo de que fosse chegar suas esposas também.
De cabeça baixa o Baca foi embora, chateado e desmoralizado, prometendo que aquele constrangimento nunca iria ficar assim.
Passado alguns minutos sua esposa, realmente pediu uma dose de whisky, que não foi cobrada pela dona do estabelecimento, e tomou num gole só, sentindo o prazer do dever cumprido.
Virou-se para os demais, e disse que quem era casado deveria tomar vergonha na cara e dar valor ao que possuem em casa, pois a comida caseira é muito mais saudável e limpinha, e é feita com amor e carinho, e então foi embora e seguiu para o centro da cidade onde fez uma grande compra de objetos para o lar, compras esta que ela nunca havia feito antes, e levou o carnê para casa incumbindo o marido de quitar todas as contas.
O Baca nunca mais voltou a freqüentar os desmanches, e qualquer outra casa de luz vermelha, em busca dos prazeres vazios.
E viveram felizes para sempre, até que sua amada veio a falecer, vítima de um acidente doméstico no mês passado o que o deixou muito abalado, mas ele vai seguir em frente.
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